terça-feira, 23 de junho de 2015

Consumo de frutas associado ao Câncer

O câncer é a segunda mais importante causa de morte nos países mais ricos (perdendo apenas para as doenças cardiovasculares), sendo que nos Estados Unidos, aproximadamente uma em cada três pessoas vão ser diagnosticadas com câncer durante sua vida e aproximadamente 60% dessas vão morrer de câncer. As taxas de câncer de mama têm crescido em quase todos os países do mundo. Levando em consideração esses dados e a grande mortalidade de pessoas acometidas por essa patogenia, uma revisão de vários estudos feita pelo Instituto Nacional de Salud Pública mostra que o alto consumo de frutas e vegetais têm sido associado com a diminuição no risco de muitos tipos de câncer.
Muitos estudos indicam que o alto consumo de frutas e vegetais está associado com a redução no risco de câncer em várias regiões do mundo, sendo que, essa relação foi observada em mais de 200 pacientes em estudos de grupo. A identificação dos constituintes preventivos específicos, ou combinação de constituintes, é uma tarefa difícil e pode não ser completamente possível. Detalhes adicionais sobre os tipos e quantidades dos constituintes de frutas e verduras que parecem ser particularmente protetores poderiam fornecer um guia prático adicional para aqueles que procuram uma alimentação saudável optimizada. 
Apesar da forte evidência de que o alto consumo de frutas e verduras pode reduzir o risco de muitos tipos de câncer, os constituintes desses alimentos, responsáveis por essa redução continuam incertos. Entretanto, evidências apontam a contribuição de ácido fólico, carotenoides (beta-caroteno, licopeno), vitamina C, vitamina E, selênio, fitoestrogênio e fibras. Em uma experiência aleatória conduzida em uma região da China com baixo consumo de frutas e verduras, um suplemento contendo beta-caroteno, vitamina E e selênio reduziu a incidência de câncer de estômago nos participantes.
Há uma quantidade inumerável de ativos químicos em frutas e verduras que podem, potencialmente, desempenhar um papel na proteção contra o câncer, incluindo nutrientes reconhecidos como os mencionados nesse texto e muitos outros constituintes não nutritivos. Os autores do estudo dizem que apesar dos fatos apresentados, mais pesquisas são necessárias para embasar de forma sólida as evidências disponíveis, de modo a esclarecer o papel destes constituintes, sendo que, a prevenção do câncer não fornece justificativa para o uso de suplementos vitamínicos para a maioria das pessoas com uma alimentação razoável e boa qualidade de vida.

Referências:

Salud pública Méx vol.39 n.4 Cuernavaca Jul. 1997 <http://dx.doi.org/10.1590/S0036-36341997000400008> Acesso em: 23 de jun. 2015.

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