segunda-feira, 29 de junho de 2015

Como as fibras ajudam a limpar o intestino?


A fibra alimentar consumida atravessa o intestino grosso. Lá, ela sofre fermentação total ou parcial causada pelas bactérias intestinais. Em consequência disso, são gerados subprodutos, são eles: ácidos gordos de cadeia curta e gases.

Os ácidos gordos de cadeia curta produzidos durante a fermentação da fibra, pelas bactérias intestinais, são uma grande fonte de energia para as células do cólon. O aumento de energia dessas células melhoram a função intestinal.
A limpeza do intestino é proveniente do efeito combinado da fermentação e seus subprodutos gerados.
A fibra alimentar, particularmente a fibra insolúvel (encontrada nas frutas cítricas e em frutas com casca em geral), constituem e aumentam o peso das fezes e reduzem o tempo de trânsito intestinal. Esse efeito é ainda maior se o consumo de fibra for acompanhado por um aumento da ingestão de água, pois a fibra hidratada passa pelas vilosidades intestinais removendo possíveis fragmentos acumulados nessas regiões. Assim, a fibra alimentar pode reduzir o risco de doenças e outras perturbações, tais como a doença diverticular ou hemorróidas, causadas por inflamações decorridas desses acúmulos.

Referências Bibliográficas 

Food Today. Fibra Alimentar:  Qual o seu papel numa alimentação saudável?. Disponível em: <http://www.eufic.org/article/pt/artid/Fibra-Alimentar-Qual-seu-papel-numa-alimentacao-saudavel/>. Acesso em: 29 de junho de 2015

Pergunta.

Como a frutose age no organismo e porque resulta em aumento da fome?

A frutose é metabolizada no fígado, resultando principalmente em glicose e glicogênio. Mesmo com a ação da gliconeogênese, a frutose pura resulta em pequenos aumentos da glicemia.

O aumento da fome é resultado da atenuação dos níveis de insulina e leptina (hormônios que inibem a sensação de saciedade).

Referências
<http://www.unicamp.br/nepa/arquivo_san/volume_18_2_2011/nepa_cap8.pdf > acesso em 29 de julho de 2015
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732005000300010&script=sci_arttext> acesso em 29 de julho de 2015

O truque da banana


http://www.dailymotion.com/embed/video/x2v876k

sábado, 27 de junho de 2015

Metabolismo da frutose

A absorção da frutose ocorre por 2 vias. Pelo transporte facilitado (mediado pelo GLUT 5 (uma proteína que não depende da estimulação da insulina) e independente da glicose) ou pelo co-transporte (que ocorre pelo metabolismo da glicose quando a frutose está em forma de sacarose ou ligada a glicose).
É metabolizada no fígado. 
A frutose entra no hepatócito por meio do GLUT 2, sendo fosforilada no carbono 1 (por mediação da frutoquinase ou cetoquinase) ou no carbono 6 (pela hexoquinase (quando ligada a glicose)). 
A frutose 1 fosfato gera didroxiacetona e gliceraldeído-fosfato, sendo mediada pela aldolase B. Elas podem entrar na via glicolítica (fornecendo piruvato) ou sendo reduzidas a glicerol, sendo condensada à frutose-1,6-difosfato, formando glicose ou glicogênio.
Abaixo temos a ilustração das vias metabólicas da frutose com metabolismo lipídicos e glicídicos.

Referência
Frutose em humanos: efeitos metabólicos, utilização clínica e erros inatos associadosRodrigo Crespo Barreiros; Grasiela Bossolan; Cleide Enoir Petean Trindade, <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732005000300010&script=sci_arttext> acesso em 27 de junho de 2015.


quinta-feira, 25 de junho de 2015

E o suco natural?

Tomar um suco natural parece ser uma boa ideia para quem busca uma alimentação saudável e balanceada, já que as frutas são fontes de fibras e vitaminas. Porém não é tão simples, se pararmos para pensar quantas laranjas utilizamos para fazer um copo de suco, percebemos que é bem mais do que a gente comeria.
Como assim? Para fazer um copo de suco de laranja gastamos em media de 3 a 4 laranjas, ultrapassando as porções recomendadas pelos nutricionistas de consumo de frutas no dia a dia e quase nunca nos contentamos com um único copo, sem contar que não tem muita fibra no suco.
O recomendado para uma boa alimentação é o consumo de até 3 porções de ao dia, então quando bebemos o suco chegamos no limite com apenas um copo. O indicado é comer a fruta, levamos mais tempo mastigando do que bebendo, assim temos a sensação de saciedade e comendo podemos ingerir as fibras.
Aqui temos alguns exemplos de porções recomendadas: 
  • Abacaxi – 1 fatia média
  • Banana – 1 unidade
  • Laranja/Mexerica – 1 unidade
  • Maçã – 1 unidade
  • Mamão – 1 fatia (100 g)
  • Morango – 10 unidades
  • Uva – 10 unidades

ATENÇÃO! Não vamos radicalizar. As frutas fazem um bem enorme para o organismo e o consumo não exagerado delas é recomendado por qualquer especialista. Vamos ficar atentos as quantidades ingeridas. 
Coma com moderação!

Referência:
http://vejasp.abril.com.br/blogs/nutricao/2014/06/consumir-frutas-a-vontade-pode-nao-ser-bom-para-sua-saude-entenda/

Comer comer


As frutas são super saudáveis e saborosas, mas vamos ter cuidado com o consumo excessivo, tudo em excesso faz mal. Consumir fruta exageradamente pode desencadear alguns problemas. Como a frutose é o monossacarídeo predominante na maioria das frutas, abusar delas na dieta não é tão saudável.

Como é muito utilizada pelas indústrias alimentícias para adoçar bebidas e frutas industrializadas, devemos ficar atentos na taxa de frutose presente nos alimentos. Estudos mostram que o excesso de frutose no organismo pode gerar síndrome metabólica induzindo a síntese de lipídios, aumentando a gordura no fígado e a resistência á insulina, isso devido a sua natureza lipogênica. 

Outro fato curioso é que a alta ingestão de frutose diminui os hormônios sacietógenos, que são os hormônios responsáveis pela sensação de saciedade, por isso que quanto mais docinho, mais queremos comer.

Referências:
Consumo de frutose e impacto na saúde humana. Natalia Moreno Gaino1 e Marina Vieira da Silva < http://www.unicamp.br/nepa/arquivo_san/volume_18_2_2011/nepa_cap8.pdf> acesso em 24 de jun. 2015
Fructose in humans: metabolic effects, clinical utilization, and associated inherent errors. Rodrigo Crespo BARREIROS, Grasiela BOSSOLAN e  Cleide Enoir Petean TRINDADE. 
<http://www.scielo.br/pdf/rn/v18n3/a10v18n3.pdf> acesso em 23 de jun. 2015

O Frugivorismo

Prato frugívoro 
O frugivorismo é um tipo de dieta vegana que se baseia na alimentação exclusiva de frutas. Existem algumas discordâncias acerca da alimentação frugívora, alguns dos adeptos, por exemplo, consideram-se frugívoros por ingerir frutas apenas na maior parte da sua alimentação, sendo assim, parcialmente frugívoros.
Do ponto de vista botânico, não estaria de todo errado, pois vegetais como pepino e tomate também estariam inclusos nesse grupo, assim como alguns legumes e grãos.
É pertinente que existam dúvidas sobre como o frugivorismo afeta o organismo. Hoje, com o avanço dos meios de comunicação, antes de decidirmos encarar experiências por nós mesmos, podemos medir o quão benéfico ou maléfico seria a partir de relatos de quem já experimentou.

Lendo esses relatos é possível separar uma gama de benefícios iniciais comuns aos frugívoros, destacando-se:

  • A prevenção de doenças crônicas em conseqüência da ingestão de vitaminas e fitonutrientes.
  • Aumento da disposição enérgica, pois as frutas apresentam carboidratos em sua composição, e esses, funcionam como a principal fonte de combustível para o corpo.
  • A abundância de água ajuda a manter os tecidos sempre hidratados, e a junção da mesma com as fibras presentes, constituem um regulador intestinal e controlador dos níveis de colesterol no plasma sanguíneo.
  • A alimentação crua, como também é denominada, é totalmente alcalina, e acaba propiciando a condição ideal para o sangue e, portanto, para o funcionamento das células.
  • Frutas fornecem o sabor doce a muitos pratos, por isso têm o poder de saciar o paladar.

Com o passar do tempo, a deficiência de componentes inexistentes nas frutas começam a atacar diretamente o corpo, assim destacamos os principais obstáculos em uma dieta desse tipo e seus sintomas:

Perda de peso

·          Como o Frugivorismo tem um caráter “Low-Fat” (baixa gordura), é comum que seus adeptos percam peso em um curto período de tempo, pois além desse baixo nível de gordura, o material fibroso contribui para que grande parte do que é ingerido, seja eliminado nas fezes, assim, por mais que as frutas contenham um índice elevado de açúcar em sua composição, o mesmo acaba por ser eliminado, não servindo de reserva para compor o tecido adiposo.

Carência de vitamina B12

·                A vitamina B12 é especialmente de origem animal, como peixes, carnes, ovos, queijo e leite. Como estes são terminantemente proibidos no frugivorismo, alguns sintomas podem ser observados com o tempo.
Ex: fadiga, paranoia, falta de memória, formigamento dos dedos dos pés e das mãos, calafrios ao abaixar a cabeça e perda de equilíbrio. 

Carência de vitamina D

·         A vitamina D é fundamental no equilíbrio de fósforo e cálcio no organismo. Ela é encontrada em basicamente todos os alimentos de origem animal, e estes, não fazem parte da dieta frugívora. Os altos níveis de fósforo em contraposição aos baixos níveis de cálcio, desequilibram o PH sanguíneo, deixando-o cada vez mais ácido. Isso promove um efeito completamente contrário à intenção dos adeptos a dieta.

Carência de vitamina A

           Apesar de não ter nenhum estudo comprovando as relações entre vitamina A e crescimento capilar, várias técnicas já são utilizadas para tratamento da crina animal a base dessa vitamina, e recentemente, diversos profissionais estão utilizando as mesmas técnicas em cabelo humano. Uma alimentação frugívora é também carente nessa vitamina, assim, é comum relatos de pessoas que depois de um certo tempo consumindo apenas frutas, começam a perder seus cabelos.

Picos de glicose
           As frutas são caracterizadas pela presença significativa de frutose e sacarose, que dão a elas um sabor doce característico. Em uma dieta frugívora, os índices de açúcar consumidos são altíssimos, ocasionando picos de glicose, esses picos, fazem com que a saliva roube cálcio dos dentes, provocando cáries, gengivites e sobrecarga no fígado. Um adepto ao frugivorismo, por mais que tente controlar o consumo desses açucares, estará consubstancialmente mais vulnerável à diabetes tipo 2.

     Muitos outros fatores poderiam ser destacados em um levantamento mais profundo, mas esses, acredito que sejam suficientes para balancear os prós e contras de uma monoalimentação. Para um bom estado de saúde, é necessário manter o equilíbrio.

Referências Bibliográficas:
Eduardo. Dr. Graham e a dieta 80/10/10 crua vegana de frutas. Disponível em: <http://saudefrugal.blogspot.com.br/2014_03_01_archive.html>. Acesso em: 25 de junho de 2015.
ROSA, Ludson. Minha experiência no Frugivorismo hipo-lipídico (Vegano). Disponível em: <http://frugivorismo.webs.com/minhaexperiencia.htm>. Acesso em: 25 de junho de 2015.
Neisy. For Vegans. Disponível em: http://rawfoodsos.com/for-vegans/ Acesso em: 25 de junho de 2015.
FRAGOSO, Rodrigo. Frugivorismo. Disponível em: <http://veganize.com.br/frugivorismo/>. Acesso em: 25 de junho de 2015

Frutose

A frutose é um importante açúcar, encontrado no organismo humano, nas frutas e vegetais, no mel e outros. Por dia é recomendado o consumo de aproximadamente 24 gramas. Valor normalmente triplicado.
Abaixo a quantidade de frutose em frutas comuns.



Atualmente a frutose tem sido incorporada à produção de alimentos industrializados, considerando que é 1,5 vezes mais doce do que a sacarose (açúcar de mesa) que é composta por frutose (50%) e glicose (50%).

É metabolizada no fígado.  Dando origem, sobretudo a glicose (50%), glicogénio (17%), lactato (25%).

Referências Bibliográficas: 

Consumo de frutose e impacto na saúde humanaNatalia Moreno Gaino e Marina Vieira da Silva. <http://www.unicamp.br/nepa/arquivo_san/volume_18_2_2011/nepa_cap8.pdf> acesso em 24 de junho de 2015
Frutose e saúde metabólica.  European food information council. <http://www.eufic.org/article/pt/artid/Frutose_e_saude_metabolica/> acesso em 25 de junho de 2015
Fructose in humans: metabolic effects, clinical utilization, and associated inherent errors.Rodrigo Crespo BARREIROS, Grasiela BOSSOLAN e  Cleide Enoir Petean TRINDADE. <http://www.scielo.br/pdf/rn/v18n3/a10v18n3.pdf> acesso em 24 de junho de 2015
Fructose in fruits, vegetables, nuts, seeds, legumes and grains. <http://familywellnesshq.com/fructose-in-fruits-veggies-nuts-seeds-legumes-grains/> acesso em 24 de junho de 2015

Ação das fibras no organismo



As fibras alimentares são os polissacarídeos como celulose, hemiceluloses, pectinas, gomas, mucilagens e lignina, não sendo a ultima um polissacarídeo. Em geral, são compostos que não são hidrolisados quando passam pelo trato gastrointestinal humano. Algumas frutas apresentam alguns tipos de fibras.
Veja abaixo as funções de cada uma delas e onde podemos encontrá-las:


Celulose: 
·         Está presente nas frutas com cascas.

·         Capacidade de reter água nas fezes, aumentando volume e o peso das mesmas,

favorece o peristaltismo dos cólons e aumenta o número de evacuações.
·         Insolúvel em meio alcalino e solúvel em ácido.
Pectina:
·         Frutas cítricas, principalmente a casca é rica em pectina (maçã, limão e laranjas)
·         Forma a matriz da parede celular, retarda o esvaziamento gástrico, aumenta a excreção de ácidos da bili, proporciona substrato propício à fermentação para as bactérias do cólon, reduz a concentração de colesterol.
·         É solúvel em água.


As fibras são divididas também em dois grupos, são eles:


Fibras solúveis: Retardam a absorção de nutrientes como glicose e gorduras, evitando picos de glicemia e diminuindo a quantidade de colesterol na corrente sanguínea.

Fibras insolúveis (são aquelas presentes nas frutas): Ajudam na formação do bolo fecal, junto à água, pois a mesma é necessária para melhorar a lubrificação do trato intestinal e facilitar a eliminação das fezes.


Apesar do que muitos pensam, a deficiência de fibras não afeta apenas o trato intestinal. Algumas doenças correlacionadas resultam de anos de má alimentação, e muitas vezes sofrem complicações por fatores genéticos. Pessoas com carência em alimentos fibrosos podem desenvolver, por exemplo, colesterol alto e hipoglicemia, além de diverticulites e prisão de ventre.
Com tudo isso, fica fácil discernir sobre a importância do consumo de fibras para o organismo. Contanto, apesar de promover benefícios à saúde, qualquer exagero acarreta danos ao corpo.
O consumo inadequado (em grande quantidade) de fibras pode gerar:

·         Formação de um “bolo de fibras”, causando prisão de ventre.
·         Carência na absorção de nutrientes importantes para o corpo como: zinco, cálcio e ferro. (em excesso as fibras criam uma barreira de absorção de nutrientes pelas células do intestino).


O zinco a atua como antioxidante, já o cálcio ajuda no metabolismo ósseo e na transmissão de sinais celulares e o ferro é necessário principalmente para o transporte de oxigênio. A falta de qualquer um desses componentes acarreta desequilíbrios metabólicos.









Referências Bibliográficas:


TOLEDO, Ana. Excesso de fibras diminui absorção de nutrientes e causa prisão de ventre. Disponível em: <http://www.bolsademulher.com/saude-mulher/excesso-de-fibras-diminui-absorcao-de-nutrientes-e-causa-prisao-de-ventre>. Acesso em: 25 de junho de 2015.

Só nutrição. Macronutrientes. Disponível em: <http://www.sonutricao.com.br/conteudo/macronutrientes/p7.php>. Acesso em: 25 de junho de 2015.

VALLE, Eduardo; RIBEIRO, Clara. Problemas causados por falta de fibra. Disponível em: <http://www.revistavivasaude.uol.com.br>. Acesso em: 25 de junho de 1015.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A cor e o paladar

A cor da fruta influencia a percepção do paladar. 
Em um estudo de Zampini et al., (2008), foram feitos testes onde pessoas no primeiro instante olhavam para uma bebida e sem provar associavam a cor ao sabor. Depois, poderiam provar e indicar se a sugestão de sabor feita na primeira parte era coerente com o gosto.  Os autores deixaram claro que há uma modelagem da percepção do gosto a partir da cor.
Em uma pesquisa recente feita em quatro escolas por dois anos com mais de 100 crianças, era mostrado imagens de frutas verdes e outra com a mesma com uma cor diferente (ex. uma uva verde e uma uva preta) e as crianças respondiam às imagens com boas ou ruins.
Distribuição das crianças por cor preferida:






O estudo mostrou que as crianças são cientes da importância do consumo de frutas e mostrou também uma forte influência da cor para as mesmas. Comprovando a preferência por frutas da cor vermelha e certa antipatia pela cor verde.

Marketing e Obesidade Infantil: A influência da cor das frutas e vegetais no regime alimentar das crianças em idade pré- escolar.Cristiana Patrícia Duarte Matos do Couto.janeiro de 2015 <http://ubithesis.ubi.pt/bitstream/10400.6/3428/1/TM_Cristiana_Couto.pdf > acesso em 24 de junho de 2015

terça-feira, 23 de junho de 2015

Consumo de frutas associado ao Câncer

O câncer é a segunda mais importante causa de morte nos países mais ricos (perdendo apenas para as doenças cardiovasculares), sendo que nos Estados Unidos, aproximadamente uma em cada três pessoas vão ser diagnosticadas com câncer durante sua vida e aproximadamente 60% dessas vão morrer de câncer. As taxas de câncer de mama têm crescido em quase todos os países do mundo. Levando em consideração esses dados e a grande mortalidade de pessoas acometidas por essa patogenia, uma revisão de vários estudos feita pelo Instituto Nacional de Salud Pública mostra que o alto consumo de frutas e vegetais têm sido associado com a diminuição no risco de muitos tipos de câncer.
Muitos estudos indicam que o alto consumo de frutas e vegetais está associado com a redução no risco de câncer em várias regiões do mundo, sendo que, essa relação foi observada em mais de 200 pacientes em estudos de grupo. A identificação dos constituintes preventivos específicos, ou combinação de constituintes, é uma tarefa difícil e pode não ser completamente possível. Detalhes adicionais sobre os tipos e quantidades dos constituintes de frutas e verduras que parecem ser particularmente protetores poderiam fornecer um guia prático adicional para aqueles que procuram uma alimentação saudável optimizada. 
Apesar da forte evidência de que o alto consumo de frutas e verduras pode reduzir o risco de muitos tipos de câncer, os constituintes desses alimentos, responsáveis por essa redução continuam incertos. Entretanto, evidências apontam a contribuição de ácido fólico, carotenoides (beta-caroteno, licopeno), vitamina C, vitamina E, selênio, fitoestrogênio e fibras. Em uma experiência aleatória conduzida em uma região da China com baixo consumo de frutas e verduras, um suplemento contendo beta-caroteno, vitamina E e selênio reduziu a incidência de câncer de estômago nos participantes.
Há uma quantidade inumerável de ativos químicos em frutas e verduras que podem, potencialmente, desempenhar um papel na proteção contra o câncer, incluindo nutrientes reconhecidos como os mencionados nesse texto e muitos outros constituintes não nutritivos. Os autores do estudo dizem que apesar dos fatos apresentados, mais pesquisas são necessárias para embasar de forma sólida as evidências disponíveis, de modo a esclarecer o papel destes constituintes, sendo que, a prevenção do câncer não fornece justificativa para o uso de suplementos vitamínicos para a maioria das pessoas com uma alimentação razoável e boa qualidade de vida.

Referências:

Salud pública Méx vol.39 n.4 Cuernavaca Jul. 1997 <http://dx.doi.org/10.1590/S0036-36341997000400008> Acesso em: 23 de jun. 2015.

Ação antioxidante


Estudos mostram que as frutas têm capacidade de ajudar nosso corpo tanto na ação antioxidante primária como secundária, evitando processos degenerativos ligados a radicais livres.  Isso ocorre devido à presença, principalmente, dos polifenóis, ácido ascórbico (Vitamina C) e carotenoides.
  • Polifenóis – A atividade antioxidante é determinada por sua estrutura, anéis aromáticos e duplas ligações conjugadas.
  • Ácido ascórbico - Sua propriedade antioxidante (radical ascorbila) é capaz de eliminar espécies altamente reativas e formar um radical de reatividade baixa.
  • Carotenoides - A atividade oxidante vem do sistema conjugado e rico em elétrons do polieno, absorvem os radicais livres e inibem ou interrompem a cadeia de propagação das reações oxidantes causadas por eles.
Os radicais livres são relacionados a enfermidades degenerativas, como câncer, devido as alterações no DNA, Alzheimer e problemas cardiovasculares. A ação dos antioxidantes pode prevenir ou retardar a oxidação de biomoléculas que podem gerar esses problemas, protegendo as membranas celulares, DNA e lipoproteínas contra os efeitos negativos dos radicais livres, no entanto não podem reverter a oxidação. No entanto, as frutas são indispensáveis na nossa dieta, pois elas participam de importantes atividades metabólicas, além de serem mais econômicas do que o uso de suplementos. 

Dica:  A acerola, caju, mamão, goiaba, laranja pêra e a pinha são frutas com alta ação antioxidante.

Referencias:  

http://www.scielo.br/pdf/qn/v30n2/35.pdf Acesso em: 6 de Jun.2015

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Consumo de frutas associado à Osteoporose

              A osteoporose, doença que acomete os ossos, ocorre principalmente, devido à perda de densidade óssea e perda de cálcio e acarretam fraturas nos ossos por estes se tornarem frágeis e quebrarem facilmente. Em 80% dos casos são mulheres brancas ou orientais em período pós-menopausa. Durante a menopausa, o estrógeno, que é responsável pela fixação do cálcio nos ossos, deixa de ser produzido. Dessa forma, um estudo que reuniu vários artigos sobre a visão dos benefícios na alimentação de frutas e verduras foi publicado pela International Osteoporosis Foundation e National Osteoporosis Foundation afim de determinar a eficácia do aumento no consumo de frutas e verduras.
              Frutas e verduras têm diversos componentes benéficos para a saúde óssea, entre eles, minerais (magnésio, potássio e cálcio), vitaminas (vitamina C e K), antioxidantes (polifenóis) e fitoquímicos (fitoestrogênio) que estão envolvidos no metabolismo ósseo e podem favorecer a saúde dos ossos. Devido aos altos níveis de potássio e magnésio, dietas com grande quantidade de frutas e verduras têm menor carga ácida o que promove um equilíbrio positivo de cálcio. Uma alta carga ácida é conhecida por inibir a função osteoblástica (síntese do tecido ósseo) e aumento na atividade osteoclástica (reabsorção do tecido ósseo) resultando em uma redução da formação e aumento na reabsorção ósseas. Frutas e verduras contêm, ainda, altos níveis de vitaminas K e C, que, junto com o magnésio, estão envolvidas na formação da matriz óssea. Fitoquímicos e outros antioxidantes presentes nas frutas e verduras podem proteger os ossos reduzindo a reabsorção destes devido o alto estresse oxidativo dos componentes ósseos.

              Conclusão dos autores: a recomendação no aumento do consumo de frutas e verduras (por volta de 370 g/dia) foi associada à diminuição em 74% da probabilidade de fratura do antebraço em mulheres chinesas em período pós-menopausa e a uma relação positiva entre o aumento diário de 100 g no consumo de frutas e verduras e o aumento da densidade mineral óssea nas vértebras lombares e nos ossos da bacia. Assim, os autores recomendam a inclusão na dieta e o aumento do consumo de frutas e vegetais como forma de prevenção da osteoporose e de seus efeitos, apesar de estudos mais aprofundados para confirmarem essa hipótese serem necessários.

Referências: 
Hamidi M. & Boucher B. A. & Cheung A. M. & Beyene J. & Shah P. S. Fruit and vegetable intake and bone health in women aged 45 years and over: a systematic review <https://attachment.fbsbx.com/file_download.php?id=102925436711925&eid=ASsGEB6VXPqmpzZW5vdERmzk4NcqpejQWXXu2OQYHDW_YRiW4EInFk70D2eK0YeJ2Ng&inline=1&ext=1435015000&hash=ASsQ31802vBX7pZ2> Acesso em: 17 jun. 2015.
<https://en.wikipedia.org/wiki/Osteoblast> Acesso em: 17 jun. 2015. 
<https://en.wikipedia.org/?title=Osteoclast> Acesso em: 17 jun. 2015. 
<https://en.wikipedia.org/wiki/Estrogen> Acesso em: 17 jun. 2015.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Consumo de frutas associado à Doenças cardiovasculares

Crescentes evidências apontam que o alto consumo de frutas e vegetais é benéfico na prevenção de doenças cardiovasculares, sendo assim, uma revisão de estudos realizada pela Colaboração Cochrane analisou dez artigos que tratam sobre o assunto afim de determinar a eficácia do aumento do consumo de frutas e verduras.
Nesse estudo, foram analisados dez artigos com um total de 1730 participantes escolhidos aleatoriamente. Dos dez artigos, seis investigaram a abundância de frutas e vegetais na dieta e quatro examinaram a recomendação do aumento no consumo de frutas e vegetais. Nenhum dos estudos tiveram estudos clínicos por serem todos relativamente curtos e diferentes, devido isso, não houve nenhuma evidência forte dos efeitos individuais nos participantes das pesquisas em relação aos fatores de risco cardiovasculares. Os artigos mostraram efeitos favoráveis na pressão arterial e lipídios sanguíneos (HDL, LDL e trigicerídeos) a ocorrência do diabetes tipo 2, além de doenças cardiovasculares não-fatais (infarto do miocárdio, revascularização do miocárdio, angioplastia transluminal percutânea, doença arterial coronariana, doença arterial periférica, acidente vascular encefálico, endarterectomia carotídea), e melhora na qualidade de vida relacionada à saúde.

Conclusões dos autores: Existem poucos estudos que examinem o consumo de frutas e vegetais, ou o conselho para aumentá-lo, sem outras intervenções associadas na dieta ou no estilo de vida para a prevenção primária de doenças cardiovasculares. As evidências limitadas sugerem que o aumento no consumo de frutas e vegetais como única intervenção tem efeitos favoráveis na diminuição dos fatores de risco de doenças cardiovasculares, porém, estudos mais aprofundados são necessários para confirmar essa hipótese.

Referências:
Hartley L, Igbinedion E, Holmes J, Flowers N, Thorogood M, Clarke A, Stranges S, Hooper L, Rees K. Increased consumption of fruit and vegetables for the primary prevention of cardiovascular diseases (Review) <https://attachment.fbsbx.com/file_download.php?id=796426700465047&eid=ASsszjOrwgFPTL1xujCM4NPaly8eM2bnIMQczzL21b6NaMjkPDSzERAMLkFD6flOOyw&inline=1&ext=1434558737&hash=ASs7rjt4R3grd0fc> Acesso em: 15 jun. 2015.



sábado, 6 de junho de 2015

Consumo de frutas associado à Síndrome Metabólica


"A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada por um conjunto de doenças como diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemia e obesidade abdominal, aumentando o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares." (Ciênc. saúde coletiva. vol 18 no.2)
Atualmente, uma das recomendações para prevenção e tratamento da SM é a dieta rica em frutas, verduras e legumes.

Para o estudo mais aprofundado sobre o assunto, foi realizada uma pesquisa pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP), com 636 voluntários (sendo, 159 homens), ambos acima de 35 anos.

Essa pesquisa consistia em identificar a relação entre o consumo diário de frutas, verduras e legumes com a SM.

É considerado portador dessa síndrome, indivíduos com ao menos 3 dos fatores citados abaixo:
  • Circunferência abdominal > 88cm para mulheres ou > 102cm para homens;
  • Concentrações plasmáticas de HDL-c < 50mg/dL para mulheres ou < 40mg/dL para homens;
  • Concentrações plasmáticas TG > 150 mg/dL;
  • Pressão arterial (PA) com valores de corte considerando 130/85mmHg;
  • Glicemia de jejum que após sofrer revisão, diminuiu o valor de glicemia de > 110mg/dL para > 100mg/dL;
Os indivíduos foram separados em dois grupos. O grupo 1 seguiu as recomendações nutricionais indicadas na pirâmide alimentar, consumindo porções diárias de frutas, verduras e legumes. O grupo 2 consumiu frutas, legumes e verduras em quantidades inferiores às recomendadas.
Conclusão: Com os resultados obtidos foi observado que o consumo de frutas do grupo 1 teve efeito protetor para a circunferência abdominal alterada, hipertrigliceridemia e presença de Síndrome Metabólica. Os resultados para o consumo correto de verduras e legumes foi inconclusivo, pois não apresentou alterações significativas.

Referências:
Consumo de frutas, verduras e legumes associado à Síndrome Metabólica e seus componentes em amostra populacional adultaCiênc. saúde coletiva. vol.18 no.2 Rio de Janeiro Feb. 2013. <http://www.scielosp.org/pdf/csc/v18n2/10.pdf>. Acesso em: 04 de junho de 2015.